terça-feira, 26 de junho de 2007

Poeminha avoado

Asas
Ah, quem me dera tê-las...
Eu não seria assim
Flor de jambeiro
Que nasce rósea
E salta, solta
Pra morrer no terreiro
Sem ser completa flor
Sem sequer soltar cheiro

Eu me danava no primeiro
Vendaval que passasse
Me agarrava no mais ligeiro
Pé-de-vento que soprasse
E ao primeiro sintoma de primavera
Me avoava inteiro
E me perdia, passarinho!

E o mundo todo seria como um pomar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Poeta, o seu poema de trouxe uma sensação gostosa de liberdade, de pureza e paz de espírito além de me recordar o lindo poema de Cecília Meireles: "Se eu tivesse um pomar". Desculpe-me, mas, não tenho certeza se o título do poema é este mesmo...
Como é bom ler o que você escreve...

Anônimo disse...

Bom, o comentário acima ficou com uma letra posta incorretamente e não sei como remover este comentário para arrumar, então leiam "m" em lugar do "d" em "de trouxe". Obrigada!