quinta-feira, 5 de julho de 2007

SONETO DO GRANDE INIMIGO

Tenho na vida um mui grande inimigo,
Um monstro vil, feito inteiro de escombros,
Que a luz me apaga ao vir dormir comigo,
E cai, disforme, por sobre meus ombros.

Ele ora pede, ora me doa abrigo...
No espaço, dança a doce valsa infame,
Enquanto eu durmo por entre o enxame
De sonhos mortos que há em meu jazigo.

A besta alada não mais vocifera...
Rebrota a flor, a trágica quimera,
E o triste fado volta a ser só meu,

Pois é manhã de novo em minha casa.
Recolho as asas vis, ainda em brasa,
E esqueço, mudo, que o monstro sou eu!

Um comentário:

Anônimo disse...

E o primeirissimo lugar imbativel eh eh eh eh .......seu!!!!!
Parabens!!!
Com certeza o melhor q vc jah fez!
Esse foi perfect!!!
Bjo