segunda-feira, 14 de agosto de 2006

A VAPOR

Na curva da sombra, escura
meu trem se acendeu
meu jardim floriu
na curva duma tarde cinza
saí pra dançar
saltei para a vida
para um dia claro!

quando tudo em mim
jazia assim, calado
quando os pássaros
nem sequer chiavam
nem as árvores
farfalhavam
eu gritei
eu gritei para dentro de mim
ordenei que eu me libertasse
assassinasse o meu lado ruim
me abrisse
voasse!

na curva da inércia, maldita
o meu trem aprendeu a sambar
e eu aprendi o amor
na curva amarga da morte
renasci
desembrulhei meus amigos
e vi, enfim, que a vida vale a pena
que o amor é maior
e a esperança, que eu julgava pequena,
é minha metralhadora!!

não lhe pára a dor
não lhe pára a guerra
não lhe pára nada...

...e lá vem meu trem
descendo a serra!!

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa amigo, viajei a todo vapor no vapor do seu trem, que aliás é um trem bão!
Gostei muito!

Anônimo disse...

Nossa que bonito!
Nesse vc caprichou paixão!!!
Parábens!

Anônimo disse...

A edalha de prata, com certeza!!!
Se vc naum tivesse assinado eu saberia q era vc .... muito seu...transparente...lindo!!!
Parabens
Bjo