Lídimo é o amor que em versos despejo,
Este amor que dou-te, e porém não queres.
Por não o quereres é que tu, pois, feres
A minh’alma doida, com quem, são, pelejo.
Se não teu, jamais para outras mulheres!
Por isso, eu, comigo, num íntimo solfejo,
Lanço a Deus, nos céus, último desejo:
Que tu antes morras e no além me esperes,
E que, enfim, teu corpo (agora, num verme
Carcomendo a carne sob a minha derme)
Seja com o meu corpo uma só matéria;
E que o nada seja, pois, nosso colchão,
Onde a mosca alegre da putrefação
Seja, eternamente, nossa amada egéria.
Um comentário:
Belo poema, Elizeu! Bem Augusto dos Anjos. Não gosto lá muito dele, mas sendo teu, tendo a tua marca me encanta..
Ah, já tenho um blog, aliás dois, quando puder ou quiser passa lá.
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