Batem-me a porta duas damas noturnas
E dizem amar-me mais do qu’eu me amo,
Pois que a mim mesmo, eu bêbedo, difamo
Em manhãs agras, noites taciturnas...
Olho-as nos olhos. Assombrado, exclamo:
“Deixai-me só, ó vós, divas soturnas!”
Mas, como cinzas contritas em urnas,
Antes seus nomes eu saber reclamo.
Saltando solta sobre o meu colchão,
A mais dançante diz chamar-se Morte.
Sorri, lasciva, e promete voltar.
A outra, de pé, diz-me ser Solidão.
Toca-me o ombro e diz que não me importe,
Pois para sempre há de me acompanhar!
Um comentário:
Não querendo puxar sardinha, mas puxando...
Cara...
Isso é simplesmente uma das coisas bais melancólicamente belas que eu já ví... Mr. Jim Morrison ficaria muito orgulhoso!
Ah, rapaz...
É como eu sempre digo...
O que nés temos em distância você tem de talento!!
Tenho orgulho de considerar-te meu amigo!
kisses
♥
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