quinta-feira, 23 de agosto de 2007

No Quarto

Há quatro cantos guardados
Num cesto velho de vime
Um não tem som, é calado
Nunca se ouviu, não se exprime
Já outro é todo barulho
Sem nota alguma que anime
Um outro é feito de morte
É lutuoso e deprime
Vem como um berro dum monstro
Que nos enleia e oprime
Mas há o canto do fundo
Que entre os demais se comprime
Louvando a vida, nos chama
Pr’uma dança sã, que redime
É o canto estreme, a esperança
O tresvario mais sublime!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Até parece q sinto o cheiro dos seus poemas, eles como enigma me atraem, para em êxtase me ater.
Só posso dizer obrigada pelas emoções q sua leitura me permite.
Um abraço.

Mrs. Eyebrown disse...

A sua solidão me atrai,
Mesmo que isso fuja ás regras da sociedade.
A tua sobriedade, mesmo que embriagado.
O teu jeito de ser só,
E gostar disso, mesmo que não gostando.

Teus versos,
Tão vivos, tão ternos,
Teu jeito de ser criatura e criador,
Me fazendo feliz e triste,
Ao mesmo tempo, mesmo que não gostando.