quinta-feira, 19 de junho de 2008

Metrô



Quando pego o metrô
Não sou eu,
É um robô,
Que até sente
E esmola.
Às vezes sonho,
Olhando o mundo que passa lá fora.
Mas fora isso,
Não passo de um enguiço.
Meu coração trava
Todo dia
Às cinco.

Todo dia, seis horas do meu dia
Não são minhas!
Quando pego o metrô
Não sou eu...

Eu só sou
Quando volto e me deito.
E dormindo só,
Enfim aceito
Que só sou o que sou!

Nenhum comentário: